DEBATE SOBRE A PROIBIÇÃO DO USO DE CELULARES NAS ESCOLAS

No cenário educacional atual, a proibição do uso de celulares em escolas tem se destacado como medida relevante diante dos desafios enfrentados por alunos de instituições públicas e privadas. A crescente restrição tem como objetivo combater a distração, a interferência no aprendizado e a dificuldade de socialização decorrente do uso excessivo desses dispositivos.

De acordo com o jornal O Globo, a Organização das Nações Unidas (ONU) revela que um em cada quatro países adota políticas restritivas em relação aos celulares nas salas de aula, incluindo países como Estados Unidos, Canadá, França, Espanha, Portugal, Suíça, Holanda e México. No Rio de Janeiro, a proibição entrou em vigor em agosto, estendendo-se até a hora do recreio a partir de março. Tal decisão baseia-se em relatórios da Organização Mundial da Saúde e da Unesco, que alertam para os prejuízos à concentração e à aprendizagem causados pelo uso excessivo dos aparelhos.

Em São Paulo, tanto na rede estadual quanto municipal, o celular é geralmente permitido apenas para atividades pedagógicas. Escolas particulares também buscam restrições em sala de aula, evidenciando a preocupação com o impacto negativo na concentração e no desempenho acadêmico dos alunos.

Embora reconheçamos o papel crucial do celular na educação, especialmente durante a pandemia, é preciso destacar que a questão está no uso inadequado. O dispositivo pode ser uma ferramenta pedagógica valiosa, permitindo o acesso a aulas online para alunos sem computador ou tablet. No entanto, o uso excessivo do celular tem sido associado a distrações e impactos adversos na aprendizagem.

A socialização, elemento fundamental da rotina escolar, é prejudicada quando os alunos preferem os dispositivos aos diálogos durante os intervalos. Embora a proibição de celulares seja uma decisão drástica, é crucial considerar seu impacto na rotina de diretores, professores, pais e alunos. A medida, embora desafiadora, pode ser plenamente justificável diante dos danos comprovados causados pelo uso abusivo do dispositivo, resguardando assim a qualidade do ambiente educacional.

Imagem de rawpixel.com no Freepik

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